Uso a escrita pra demonstrar amor, carinho, e pra dizer tudo que eu talvez não conseguisse dizer pessoalmente graças a minha fraqueza e ao meu medo. [...] Ela serve também para eu me livrar de tudo de pior , como ódio, raiva, rancor e mágoa. Pobre papel, [...] É sobre ele que está concentrada toda minha auto-defesa e minha auto-crítica, todos os meus sabores e dissabores. (Texto na Íntegra)

segunda-feira, novembro 22, 2010


Sábado quase feliz.

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Nao sei o que fazer, tenho que estudar pra trocentas coisas mas cadê que eu tenho cabeça. Me mataria, nesse exato momento. Nesse exato momento tenho um buraco no peito, tão grande que não tem como medi-lo. Só queria poder gritar, gritar tão alto a ponto de ensurdecer alguém. Não quero sair, não quero ficar aqui, não quero sentar, só queria me enfiar em uma cavidade profunda e só sair de lá morta. Podem me chamar de dramática, exagerada, exacerbada, hoje eu não estou ligando. Podem me chamar de emo, egoísta, até mesmo falsa que eu não faria nada. Eu só queria ter alguém pra apertar, e ao mesmo tempo não queria que ninguém me visse nesse estado. Sinto vontade de chorar, porém, quando lembro do motivo de eu estar assim sinto vontade de dar socos, nem que tais socos fossem direcionados a parede, como fiz mais cedo. Sumir seria uma boa solução, pelo menos ao meu ver. Queria qualquer um aqui agora. Pra quê? Pra morder, abraçar, bater, dizer que amo e ouvir que não sou obesa. Qualquer coisa na verdade, qualquer coisa que me fizesse parar de vazar.
Queria ter algum talento, pra qualquer coisa, mas falta-me tudo, principalmente paciência. (frase sem sentido nenhum)
Sou  mal feita e ensaiada, como diz a canção, difícil de ser entendida, complicada de ser interpretada. Sou uma aberração, uma tristeza constante, um choro infinito. Sou uma vergonha pra quem está a minha volta, canso de ouvir que devo ser bastarda, porque meus pais são perfeitos e eu a ovelha negra da família. E deve ser mesmo! Até porque, como uma pessoa com tantas imperfeições como eu poderia ter sido gerada de pais perfeitos. Não! Devo mesmo se bastarda. Mas eles podem ficar tranquilos, o encosto aqui está de partida.
Eu queria ser auto-suficiente. Queria não ter amigos, na verdade, ter amigos mas não precisar deles. Queria ter pais e não precisar de pais. Queria ser superheroína e poder voar, voando eu seria livre.
Na verdade, agora, nesse exatos dezessete minutos das quatorze horas de sábado eu só queria escrever algo que fizesse algum sentido pra quem tivesse lendo. Só queria poder organizar meus pensamentos em meio a tantas amarguras exageradas. Queria conseguir enfrentar a vida de frente. Vida! Ah, a vida. A maior piadista de todos os tempos. Vive pregando peças em nós. Ontem, perguntaram-me se havia dormido com o bozo, de tão feliz que eu estava. Hoje, mais pareço um pé de chinelo velho jogado em qualquer parte da casa, sem a menor importância.
Um abraço! Acho que um abraço apertado seguido de um "conte comigo" bastaria nesse momento. Faria eu desperdiçar mais líquido do meu corpo, porém, limparia-me a alma. Enquanto não disponho de abraços, fico com os "conte comigo" dado por um amigo no msn, o único que apareceu no momento. Um dos que estão sempre comigo, realmente. Agora vou tentar me animar com meu photofiltre, vai que dou sorte e consigo, não é mesmo?







//nota: Eu tava mal. Sem mais. Escrito sabado, dia 20 de nov.

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