Uso a escrita pra demonstrar amor, carinho, e pra dizer tudo que eu talvez não conseguisse dizer pessoalmente graças a minha fraqueza e ao meu medo. [...] Ela serve também para eu me livrar de tudo de pior , como ódio, raiva, rancor e mágoa. Pobre papel, [...] É sobre ele que está concentrada toda minha auto-defesa e minha auto-crítica, todos os meus sabores e dissabores. (Texto na Íntegra)

domingo, janeiro 30, 2011


Footbal

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Eu sou raça. Sou vontade e vigor. A mistura de suor com cansaço, com leves gotas de choro emocionado. Sou o delicado amor com a voraz paixão. Guerra. Luta. Sou o grito aflito de cada um que participa dessa louca emoção. Sou a lágrima que escorre do rosto de cada apaixonado. Sou uma contusão. Braço quebrado, sobrancelha rasgada. Cabeça enfaixada com o acréscimo de correria e sol abrasador. Batimentos cardíacos que mais parecem suco de laranja no liquidificador. Laranja. Cítrico, amargo. O gosto da minha derrota. 
Eu sou altos salários e lindos sonhos. Posso estar na praça de um bairro humilde, na quadra de uma escola pública ou nas maiores e mais belas cidades do mundo. Sou riqueza e pobreza. A prova de que a desigualdade social existe, e existe forte. Porém, sou o mal necessário. 

terça-feira, janeiro 18, 2011


Preconceito gritante!

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Em todos os sites de pesquisa sobre a votação do primeiro paredão do reality show “BBB 11” mostra a Transexual Ariadna, natural do Rio de Janeiro, Realengo, sendo eliminada com uma larga diferença dos demais dois emparedados. Isso só demonstra um Brasil preconceituoso, tão preconceituoso e hipócrita que ao invés de assumir todo seu desprezo pelo diferente, fica usando a máscara de país liberal, democrático e liberto de discriminação. Quem sou eu pra julgar alguém só porque escolheu virar mulher a sentir orgasmo? Cabe a mim julgar o que ela é como pessoa, e ao meu ver ela é burra, puta, favelada, mas tem um bom coração, corre atrás do sonho dela qe era virar mulher e conseguiu. Guerreira ela é, isso é inegável. E ainda assim as pessoas tem tanto contra ela. Por que? “Ser diferente é normal” , já dizia a muito tempo o sambaenredo do Império Serrano. Porém, vivemos em um país misto onde pessoas tem preconceito contra tudo, até contra a própria cor. 
Não sou um travesti, nem tenho vontade de ser um. Mas cada um tem o direito de  fazer o que quer com seu corpo, cabem aos outros respeitarem, porém, se aceitassem, a convivência seria muito melhor.
Ariadna, torço para que fique. Porém, sei que é muito difícil. Boa sorte.

domingo, janeiro 09, 2011


Faith

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Não, não me trate como uma criança que precisa de cuidados o tempo todo, que come o que os pais mandam ou que não pode correr para não cair. Não, não me trate como uma adulta que só trabalha e não se diverte, que tem que dormir para não envelhecer mais rápido, ou que nao pode ficar muito tempo em pé por causa de varizes. Me trate como o que sou, como uma adolescente de dezesseis anos cheia de vontades e sonhos, doida pra sair e voltar de manhã, com anseios por uma vida bem estruturada no futuro e bem feliz no presente. Me trate como uma menina que ama estar com os amigos  e amigas, que ama estar na internet e sente fome de filmes e livros. Me trate com mais calma e menos palavras duras, com mais afeto e menos autoritarismo. Querer meu bem não é jogar na cara o faz, o que já fez, e o que fará. Querer o bem devia querer que dê tudo certo, que eu acerte até com os erros, que eu nao quebre a cara muitas vezes, mas que todas as vezes eu me reconstrua ainda melhor. Criticar tudo o que eu faço não faz de mim uma pessoa melhor nem mais correta. Tenho dezesseis primaveras, a fase que todos fazem besteiras, erram, porém, quando eu penso em errar já sou detida, e assim tem sido todos os verões. Um dia muda, eu tenho fé.
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