“ Um sorriso teu, ele derrete todo [...] eu guardo tudo aqui no meu peito, tanto tempo estudando seu jeito, tanto tempo esperando uma chance, sonhei tanto com esse romance. ”
Uma mísera música, trilhões de lembranças. Completo absurdo! Depois de tanta coisa, tanto tempo, mais de um ano sem tocar àquela boca, sem mordiscar aquele pescoço quase que perfeito. Mais de um ano! UM ANO! Para mim, parece que tem um mês, ou menos.
O poder de uma canção é aterrorizante. E nem cheguei ao fim. Na verdade existiam duas opções: parar ou chorar. Não, chorar por ele não! Inadmissível! Não na frente de tantos. Humilhação extrema! FRACA! FRACA DEMAIS! Sim, isso que eu sou. Que tipo de ser humano medíocre não agüenta ouvir uma mera música até seu término sem chorar? Por que?
Nó na garganta, dor no peito, falta de ar, incômodo com tudo e vontade de estar com você são sinais de que ainda não lhe esqueci. Deus, liberte-me desse amor doentio, dessa paixão não correspondida e desse desejo individual. Não suporto mais remoer o mesmo sentimento, algo bom e gostoso de sentir, mas não quando não se pode tomar essa pessoa em seus braços quando quiser.
Ao menos beijar outro pensando em você já não acontece com tanta freqüência. Já eu gostar de outro, isso sim seria uma libertação.